Artesanato

Na freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa tal como em todo o concelho, o artesanato está bem conservado, havendo ainda bastantes artesãos que ajudam a manter a tradição, especialmente nos domínios dos bordados, da pintura sobre azulejo e da pintura em cerâmica. Assim, por toda a freguesia, existem diversos locais de venda de artesanato.

Verguinhas - Oficina do Barro

Tradição da Vila de Óbidos, era uma arte em vias de extinção, mas as aulas com os formadores obidenses, José Correia e Melânia Correia (na altura era a única que desenvolvia este género de trabalho) permitiram que alguns alunos continuassem essa herança. A oficina é anualmente visitada por muitos turistas que, encantados com o trabalho, levam as verguinhas para todo o Mundo.

A Oficina das Artes, também conhecida como Oficina de Barro, funciona há mais de 20 anos e dá especial destaque à verguinha, um artesanato de origem italiana que se foi perdendo no tempo, até que Bordalo Pinheiro, numa das suas viagens o trouxe de volta a Portugal.

Rua Direita nº 45
2510 Óbidos

Tel 262 955 500

Horário:
09:00h às 13:00h
14:40h às 20:00h

Retalhos - Trapologia

Outrora, os poucos recursos económicos do nosso povo aguçaram a capacidade do "saber fazer". O aproveitamento de todos os pedaços de tecidos deu origem a uma arte decorativa.
À tradição junta-se a modernidade e daí saem autênticas obras de arte, nomeadamente, colchas, sacos, almofadas, malas entre outros.

Bordado de Óbidos

O bordado de Óbidos tem origem na década de 50, quando a Sr.ª D.ª Maria Adelaide Baptista Ribeirete, natural de Óbidos, após uma longa ausência, regressa à vila e encontra em fase de conclusão os trabalhos de restauro da Igreja Matriz de Santa Maria.

Arabescos, pássaros, o castelo e a palavra Óbidos, bordados em tons de azul, rosa, salmão, verde, amarelo e castanho compõem os bordados de Óbidos. Criados em meados do século passado por uma obidense, nestes bordados são empregues os pontos pé de galo para o preenchimento e o ponto pé de flor para os contornos, sobre o linho branco, meio linho ou estopa. É com franja executada no tear manual ou ainda com bainha presa com os mesmos pontos que se empregam no trabalho que se terminam os bordados.

Os motivos foram inspirados no tecto da nave central da Igreja de Santa Maria. Para passar os desenhos para o papel colocavam um espelho no chão, que os reflectia e assim facilitava o seu trabalho.

Maria Adelaide Ribeirete não desistiu e com mais de 80 anos de idade, por volta da década de 90, organizou um curso, que administrou e custeou, para poder transmitir às suas conterrâneas mais novas uma arte que criara num momento histórico importante para a vila.

No final dos anos 90 o Bordado de Óbidos foi reconhecido com o Selo de Qualidade com o apoio da Câmara Municipal de Óbidos, que virou a sua atenção para este bordado local, promovendo e divulgando o mesmo.

Maria Adelaide Ribeirete faleceu entretanto, deixando, no entanto, um importante legado para a posteridade. Atualmente a maior expressão do Bordado de Óbidos encontra-se na Associação Artística e Artesanal "Bordar Óbidos" da qual fazem parte várias bordadeiras que ajudam a preservar esta identidade.

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